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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O fim dos LOL do dia?

Vasto é indefectível público que há tanto tempo me segue, serve a presente para comunicar que no meu trabalho me foi recusado o acesso às páginas de onde retirava os LOL do dia. Ora, as minhas postas são um exercício, digamos antes um ritual, de início do dia de trabalho. Em casa não tenho grande tempo nem vontade (depois de passar o dia inteiro em frente a um monitor). Assim, a partir da presente data, ser-me-á difícil postar com a regularidade com que o fazia.
Mas mandem sempre!!!

Beijos
Don Pimpón

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mundial de 2010: a Final

Os Mundiais (e Europeus, já agora, que bem o sentimos em Portugal em 2004) contêm momentos de alegria e tristeza. Mas a festa e o espectáculo estão lá sempre - e são bonitos. Para ver aqui

segunda-feira, 12 de julho de 2010

PARABÉNS, ESPANHA!!!



Parabéns, Espanha! Foi a selecção que jogou melhor futebol, que jogou sempre como grupo, excelente na técnica sem nunca deixar de ter coração.Ou seja, o título é mais que merecido!

Em tendo sido eliminado Portugal, a equipa do meu coração - e, creio, de todos os portugueses - passei a torcer apaixonadamente por Espanha, pelo que fiquei verdadeiramente contente com a vitória de nuestros hermanos.

Y Viva España!


PS: só para que os fanáticos anti-Espanha não me chateiem a moleirinha, no jogo Portugal-Espanha torci 100% por Portugal e queria era que arrasássemos os espanhóis. É que já houve quem me acusasse de antipatriotismo por causa desta minha espanhofilía...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

De como Portugal está mais civilizado

Dei por mim a reparar em pequenos pormenores que mostram como, de há 30 anos para cá, Portugal até se tem tornado mais civilizadito. Refiro apenas alguns:

- Já praticamente não se vêem cães vadios;
- As pessoas deitam muito menos lixo no chão, pelo que as ruas estão bem mais limpas;
- Já não se vêem pais a pôr os filhos mais pequenos a fazer xixi ou cocó (os pequenitos fazem xixi e cocó, não mijam nem cagam) nas bermas das estradas e das ruas, segurando-lhe as pernitas no ar e abanando-os no fim (quando penso que isso acontecia inclusivamente dentro das cidades...);
- Aliás, já praticamente não se vêem pessoas (homens, neste caso) a mijar contra as paredes nas cidades - hoje em dia, pelo menos em Guimarães, já quase não há esquinas ou recantos de certas ruas que tresandam a urina - dantes, chegavam a ser locais turísticos;
- O comum das pessoas já não olha para aqueles que são mais exóticos, estrangeiros ou não, como se fossem bichos raros vindos de outro planeta.

São apenas, como disse, alguns pormenores, mas que fazem muita diferença.
Alguém se lembra de mais exemplos?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Hello Africa, Tell Me How You're Doing

A minha cunhada, que está emigrada em Angola e não sei se alguma vez irá regressar (esperemos que não...), disse-me este fim-de-semana que ela e mais alguns amigos dela (praí mais um ou dois) que também lá estão visitam com alguma regularidade este blog. Estou maravilhado! Afinal postar aqui não é um mero exercício de masturbação absolutamente estéril! Garanto-vos, amigos africanos, que tentarei postar o mais assiduamente possível, pelo menos os LOL do Dia; mas, agora que sei que tenho uma vasta audiência, tentarei postar mais e sobre outro tipo de assuntos, e prometo que tentarei postar o mínimo possível sobre traques.

Deus vos abençoe e não vos tire a internet.

Beijos e abraços

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pânico!!!

Na segunda-feira, ao percorrer os canais de televisão (não gosto de dizer zapping), passei pelo Prós e Contras do Canal 1. O tema era a educação. Passei por lá justamente quando estava o Paulo Portas a falar. E dei por mim a concordar com tudo o que ele disse!!! PÂNICO!!! Mudei logo de canal, não fosse continuar a pecar dessa maneira!

PS: jágora, ele estava a falar sobre a crise de autoridade e respeito dos professores, sobre a necessidade de as faltas terem relevância na avaliação escolar, etc. E, juro, falou bem - ou não estivesse ele a falar de autoridade, verdade seja dita.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Infelizmente, é bem verdade

Um dos grandes problemas da situação do sistema de ensino está aqui excelentemente apanhado: a cada vez maior desresponsabilização dos alunos e a excessiva responsabilização e sobrecarga dos professores naquilo em que não devem ser sobrecarregados nem responsabilizados.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desancamento em Estado de Guerra ou The Hurt Locker

Um dia depois de o filme ter ganho a corrida aos Óscares, resolvi dar uma vista de olhos no IMDB às críticas de "Estado de Guerra" (The Hurt Locker). Bem, tudo que é pessoal que esteve no Iraque ou no exército desanca no filme forte e feio (vejam, por exemplo, aqui).
Eu já vi o filme e, sinceramente, não consigo perceber se gostei ou não; mas enquanto via o filme, também me deu a forte sensação - a mim, que não fui sequer à tropa - que o filme é muito incoerente e pouco realista, tal como esta malta diz, apesar de ser notório que tenta exactamente o oposto, ser um relato intenso e fidedigno daqueles moços no Iraque que desarmam bombas.
Como já disse aqui anteriormente, apesar de ter adorado o filme "Avatar", não foi o melhor filme do ano; mas "Estado de Guerra" seguramente também não! E depois de os ter visto aos dois, e sem o poder dizer com forte convicção, creio que preferia que tivesse ganho o "Avatar". No entanto, muito melhores que esses dois são "Distrito 9" e "Sacanas Sem Lei" - aí sim, o Óscar teria sido bem entregue (aliás, não percebo como é que o Tarantino não ganhou nenhum Óscar, como realizador ou argumentista...)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Até dava vontade de rir, se não desse vontade de chorar...

Tendo estado bastante tempo afastado da net, só agora posso escrever sobre o desastre na Madeira. Assim, desculpem-me ser um post recesso.

Nesta tragédia que assolou a Madeira, houve um episódio verdadeiramente lamentável, que até poderia dar para rir, se não desse para chorar. Não sei exactamente os pormenores todos da notícia, mas retive o essencial, que é o que vou expor.

Numa das enxurradas, uma igreja de uma santa qualquer lá da Madeira foi totalmente destruída, apenas tendo ficado totalmente intacta a imagem da dita santinha. Nessa enxurrada em particular, morreram algumas pessoas, não sei se uma ou duas, se mais, mas morreram. Pois bem, o pároco lá da zona teve o atrevimento de vir dizer, muito emocionado, que se tinha dado um milagre, ao ter sido "salva" a imagem da santa apesar de a igraja ter sido toda destruída. Ou seja, um padreco qualquer, seja ele o que for na hierarquia eclesiástica, perante um cenário de desatre e de dor, veio clamar, alegremente, aquele milagre. Quando, repito, não só morreram muitas pessoas no geral, como, em particular na enxurrada que levou a igreja, houve pessoas que morreram.

Pergunto: será que o padreca em questão será bom da cabeça? Não se deve generalizar, sei que há de tudo, padres bons e padres menos bons, mas são exemplos como este que, quando me sinto espiritualmente a ficar mais ligado à religião e/ou à fé, me fazem voltar a um estado de quase repugnância pela Instituição...

Bem disse o Ricardo Araújo Pereira, numa das suas crónicas na Visão, algo como "gosto de padres, não gosto é de padrecas". Este da Madeira não só é padreca, como o consegue ser de forma asquerosa.

PS: Aviso já que o que vou dizer é politicamente muito incorrecto. Convivi muito de perto com Madeirenses na faculdade (um deles morou comigo, e somos grandes amigos). Quase todos eles defendiam a independência, ou quase, do arquipélago, e chegavam ao ponto de se considerarem superiores aos continentais (juro!) e de que praticamente não precisavam deles para nada. Pois bem, depois do que aconteceu e da prontidão e
generosidade que todo o país demonstrou para com a Madeira, dá vontade de lhes perguntar "Como é, ainda querem ser independentes?". Perdoem-me, sei bem que não é altura para estar com isso, mas precisava de deitar cá para fora este desabafo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Um homem singular"

Pelos vistos, "Um homem singular" é um filmão. Não se pode perder!
N'O Público, o Jorge Mourinha dá-lhe CINCO estrelas (transcrevemos, em seguida, a cua crítica) e o Vasco Câmara, que costuma ser um pouco mais fedúncio, ainda assim lhe dá três estrelas.
Aqui fica a crítica do Jorge Mourinha:

Por: Jorge Mourinha (PÚBLICO)

Um Homem Singular
Um homem, só

Colin Firth é um homem para quem a vida já não faz sentido na extraordinária estreia na realização do estilista Tom Ford. É, dizemos nós, uma obra-prima

Era uma vez um professor de literatura numa universidade californiana, que vive uma sexta-feira normal como se fosse o último dia da sua vida. E, por vontade dele, é-o - porque, desde que o seu amor morreu num acidente de carro, já nada mais faz sentido. Este, então, é o percurso do último dia da vida de George Falconer, cansado de não mais ter ao seu lado quem esperava que o abraçasse e partilhasse a sua vida até ao fim. Uma espécie de "imenso adeus" a uma vida aparentemente encantada - um emprego confortável, um estatuto invejável, uma casa perfeita à esquina do Pacífico, mas que nada significam quando se deve sofrê-los sozinhos, quando se está cansado de procurar pensos rápidos descartáveis que só preenchem o enorme vazio que a morte deixou até a cola desaparecer.

Sempre que há um "penso rápido", um momento de empatia com o mundo, um momento em que George faz uma ligação emocional com alguém, a paleta de cores de Tom Ford explode num voluptuoso Technicolor saído da Hollywood dos anos 1950 e 1960, como convém a uma história que se passa em 1962, no pleno centro do sonho americano do pós-guerra. Mas é, literalmente, sol de pouca dura - tal como a noite se sucede ao dia, também a fotografia meticulosamente precisa de Eduard Grau regressa à dessaturação quase sépia que reflecte a tristeza indizível de um homem a quem foi arrancado, nas palavras de Chico Buarque, um "pedaço de mim".

Que esse "pedaço de mim" seja outro homem, que "Um Homem Singular" adapte um texto fundador da literatura gay assinado por Christopher Isherwood, apenas empresta uma dimensão adicional a um filme que fala de solidão, de luto, de esperança, de vida, de morte, de amor sem nunca os embrulhar em tiques ou truques de militância - porque a emoção central é universal, porque todos nós temos de aprender a enfrentar a perda de um ente querido, marido, mulher, amante, irmã, irmão, pai, mãe.

Há dois milagres no primeiro filme de Tom Ford. O primeiro é esse - conseguir encontrar o universal numa experiência singular, conseguir uma dificílima tradução em imagens de emoções profundas que já todos sentimos mas que nem sempre conseguimos articular.

E o segundo é inseparável do primeiro - é o facto de "Um Homem Singular" ser uma das estreias mais fulgurantes que vemos em muitos anos, de um controle formal e de uma sensibilidade que muitos cineastas mais experientes dificilmente ou raramente atingem. Tanto mais espantosa quanto Ford, um dos mais lendários estilistas da moda dos anos 1990, não tinha nenhuma experiência cinematográfica e não apenas prova saber muito bem o que está a fazer como arranca de Colin Firth, actor de cujo talento nunca se duvida, uma daquelas interpretações arrasadoras para entrar nos livros de referência. Todo em retenção e discrição, sem nunca cair nos opostos do excesso e da ausência, do minimalismo e do histrionismo, Firth ancora com uma segurança quase ofensiva um filme que podia muito rapidamente cair no exercício de estilo estéril.

Mas era preciso que Ford deixasse que isso acontecesse - e rapidamente se percebe que o que interessa ao estilista é contar uma história em vez de fazer pose. Encontrou o elenco ideal para isso (porque não é só Firth que é magnífico, mas também Julianne Moore, divina como há muito não a víamos, ou Matthew Goode) e, no processo, fez uma pequena obra-prima. "Um Homem Singular" pode bem ser um caso único - mas, se o fôr, ainda bem que existe.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pôrra, que vai pr'aí uma Vampirage!

É de mim, ou o povo anda todo a passar-se à conta dos vampiros?

Há já muito tempo, li o livro do "Drácula", de Bram Stocker. Nesses tempos, o vampiro, o nosferatu, era a encarnação do mal, não tinha nada de romântico, charmoso ou apelativo, espalhava a doença e a miséria por onde passava - e não se fiem no filme "Drácula de Bram Stoker", do Francis Ford Coppola, que pode ser muito girinho e tal, mas subverte completamente a história original do livro, tranformando um ser grotesco como o Conde Drácula num vampirito de meia tigela que, afinal, tinha era um desgosto de amor por resolver, transformando-se o filme numa história de um romance proibido ou coisa do género. Muito melhores que esse filme, e muito mais acertados quanto à essência do livro, estão o "Nosferatu" (1922), do F.W. Murnau, e o seu fabuloso remake "Nosferatu: Phantom der Nacht" (1979)com o Klaus Kinski. Se calhar estes dois filmes não atendem tão minuciosamente aos detalhes do livro, mas a essência, a ideia original e fulcral, estão lá.

Mais tarde, apareceu o "Entrevista com o Vampiro", em que os vampiros já adiquiriram uma áurea mais misteriosa e interessante, mas, mesmo assim, seres malditos obrigados a vaguear pelas trevas com imensas condicionantes. Notava-se já, porém, aí uma certa tensão homossexual.
Mas tudo bem, ser vampiro era uma merda tramada, nada que ninguém pudesse invejar.

Mas agora apareceu a merda da saga "Twilight", que destruiu completamente a mística da vampirage. Rai's parta lá os vampiros bonzinhos, todos muito lindos, cheios de poderes que todos gostavamos de ter. Ser vampiro tornou-se, hoje em dia, em ser cool. É ridículo. Ainda por cima aquela cor branquela que eles têm dá-me vontade de lhes desatar aos estalos.

O pior é que as nossas televisões estão a aproveitar e a fazer montes de séries de vampiros, cada uma pior que a outra. Antes de mais, nunca tinha reparado que em Portugal houvesse tanta vampirage. Em segundo lugar, que ela era tão foleira!!!

Por isso, deixo aqui um repto: que se quilhem os vampiros, e optemos por monstros muito mais portugueses, tipo os gambosinos, o pesadelo (para quem, não sabe, um monstrinho que, sendo pequenino mas muito pesado, se põe em cima de quem está a dormir perturbando-lhe assim, o sono), o bicho-papão, o bruxedo, e os comunistas (dos antigos, que comiam criancinhas ao pequeno-almoço) e, acima de todos os pavores, o polícia: ainda me lembro "ou comes a sopa toda ou vem aí o polícia".

Os vampiros são mariconços que praí andam, a ferrar de forma altamente pouco higiénica os perscoços de quem está para os aturar.

Ainda apanham a sida e, como quem estás por dentro da private joke, eles não morrem, mas envelhecem...

Abaixo a vampirage foleira, JÁ!!!

Estou aqui, estou a morrer...

Ontem foi dia de consulta médica aos funcionários da Câmara Municipal, no âmbito de uma medida que, creio, é bianual, relacionada com a as Condições Médicas e de Saúde na Câmara - aliás, acho que todas as empresas, públicas e privadas, o têm de fazer.
Pois bem, meus amigos, estou a morrer! Em dois anos e meio engordei 10Kg (DEZ QUILOS, CÁ PUNHA!!!) e as minhas tensões arteriais estão ligeiramente altas, 13-9, quando o ideal é, no máximo, 12-8. A verdade é que tenho tomado muito café, vou ter de começar a reduzir. Também ando a fumar como um cavalo (donde é que vem esta dos cavalos fumarem muito?). Antes de começar a trabalhar na câmara, era muito pouco sedentário, praticamente não fumava e as minhas pulsações e tensões arteriais eram excelentes. No entanto, o trabalho da câmara é hiper sedentário. A ajudar à festa, durante muito tempo não conseguia ter tempo para ir ao ginásio, por causa do miúdo. Agora que ele está maiorzinho, já passei a dispor de mais tempo. Comecei, então, cheio de pica, os meus treinos no ginásio. Andava lá ainda nem há um mês, apareceu-me uma tendinite grave no tendão de aquiles esquerdo, que me impede de fazer quase todos os exercícios que envolvam as pernas e, sobretudo, os pés. O meu treinador no ghinásio já me disse que me fazia um plano específico para o meu caso; simplesmente, tenho de fazer fisioterapia diária durante, pelo menos, um mês, e só tenho tempo para a fazer ao fim do dia: justamente o período em que podia ir ao ginásio...

Assim sendo, começo já a ver o meu caso mal parado.Pois bem, só vos peço três coisas: no meu velório, ponham uma foto minha o mais divertida possível, passem a música do underground e cremem-me - depois o que fazer às cinzas fica ao vosso critério.
Adeus, e gostei muito de vos conhecedr a todos!

Don Pimpón, o moribundo dramático.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Porque não podem ser ordenados padres homossexuais?

Para mim, é óbvio que a homossexualidade é algo de inerente à natureza do indívuo e, por isso, perfeitamente natural (perdoem-me a repetição), não é nada contra-natura, não é uma invenção pérfida de alguns. Atenção, não acho que seja "normal" ou "comum", ou seja, acho que é uma natural excepção à regra, tal como também o são os canhotos e os albinos, por exemplo. Seja como for, para mim a homossexualidade não é uma doença, embora não consiga explicar bem o que é, dadas as imensas condicionantes extremamente interdependentes e interinfluentes que a compõem e determinam, genéticas, congénitas e culturais.

Mas suponhamos, por mera hipótese académica, que a homossexualidade é, de facto, uma doença de nascença, tal como o são a bipolaridade, a epilepsía, ou outras de que agora, por falta de tempo por estar a escrever no trabalho, não me lembro.
Porque raio é que, na igreja católica, não pode um "doente homossexual" ser ordenado padre? Pode ser por ignorância minha, mas creio que nenhuma outra doença que impeça o discernimento das pessoas sejam entraves à ordenação de um homem como padre. Ora, se assim é, porque não ordenar padres homossexuais? Não estão eles, afinal de contas, obrigados ao celibato? Mesmo que a igreja católica condene a homossexualidade, que de facto condena, não deveria estar aberta àqueles que, sendo-o (por doença, não esqueçamos a hipótese que estamos a pôr) mas lutando contra ela, tenham uma vocação e uma fé tais que, tirando o facto de serem doentes, fariam deles excelentes padres?
Eu sou sinceramente respeitador da doutrina da igreja no que ao casamento entre pessoas do mesmo sexo concerne: acho que, dentro dos seus dogmas e conceitos, é perfeitamente legítimo que se considere como impossível a consagração do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo - quem não é católico não tem nada que meter bedelho nisso, TAL COMO A IGREJA NÃO TEM NADA QUE METER BEDELHO NO QUE AO CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO CONCERNE. Mas recuperemos o raciocínio. A doutrina católica não permite o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo; se os padres se pudessem casar, tudo bem que não se pudessem ordenar padres que se quisessem casar com outro homem. Mas, mesmo nessa hipótese, não poderia um homossexual, dada a sua crença, vocação e fé, conformar-se com tal situação e, por isso, ser ordenado padre?
Ou seja, qualquer pessoa que enferme de doença que não a diminua mentalmente pode ser padre, mas os doentes homossexuais não.

Alguém me consegue explicar isto, por favor?