domingo, 27 de dezembro de 2009

Melhor que nada...

Ainda não consegui perceber que raio se passou com o post do Putin. Decidi não o remover. Entretanto, se quiserem ver na net o "Especial Putin", comecem aqui e vão passeando página a página - mas não deixem de ver o site todo, que vale a pena, não só o da política, mas também os totally-look-likes, os gráficos, as celebridades e o desporto (é só ir clicando nos vários separadores que estão no cimo da página).
Ah, e como já uma vez disse, os Lolcats e Loldogs.

Ora Pôrra!!!

Não consigo perceber porque é que algumas imgens do post do Vladimir Putin saíram tão pequenas!!! Vou deixar assim para já e quando descobrir forma de postar esta merda direito eu venho cá fazê-lo.
Orvigrado pela boça cumpriensã!

ESPECIAL VLADIMIR PUTIN

Como creio já ter aqui referido, este site tem muita piada. Não é de nos deitarmos ao chão a rir de mãos na barriga e perder o fôlego (ou, como se costuma dizer parvamente, ROFL).
As minhas piadas favoritas são sobre o Vladimir Putin. Por isso, deixo aqui um especial Putin. Há imagens repetidas, mas sendo o texto diferente entre elas e igualmente engraçados, achei que as devia incluir.
Provavelmente não vão ROFL, nem, se calhar, vão LOL, mas não há ninguém que não sorria...








































quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O cinema e a tecnologia

Ainda a propósito do “Avatar”: o filme fez-me pensar novamente numa coisa que venho pensando há já bastante tempo.
É impressionante como os realizadores e demais “fazedores” de cinema parecem saber que a tecnologia dos filmes irá inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, evoluir de modo a permitir-lhes realizar os seus projectos. Tipo “ainda não há tecnologia para fazer isto que quero, mas sei que de aqui a algum tempo de certeza terei a tecnologia para o fazer, é só uma questão de esperar”.
Avatar foi um desses casos: o James Cameron já tinha idealizado o filme há quase 15 anos, mas não tinha à sua disposição tecnologia que lhe permitisse realizá-lo como queria. Vai daí, esperou até ao momento em que essa tecnologia já lho permitisse fazer – pelos vistos, foi ao ver o Gollum d’ “O Senhor dos Anéis” que ele se apercebeu que já começavam a aparecer as ferramentas que lhe permitiriam levar avante o projecto de “Avatar”.
Mas mais impressionante é a trilogia inicial da “Guerra das Estrelas”: ainda na década de setenta do século passado, inícios da de oitenta, George Lucas filmou várias cenas nas quais queria introduzir personagens digitais – como é que ele já sabia que elas iam acabar por poder existir? Ou seja, ele filmou as cenas já naquela altura porque SABIA que a tecnologia ir-lhe-ia possibilitar aproveitar essas cenas; não deu para as preparar a tempo da estreia dos filmes na altura, mas na “versão estendida do realizador” que lançou há relativamente já as introduziu, por já ter como as completar. Uma das cenas mais marcantes de que me lembro é uma em que o Han Solo (Harrison Ford) caminha enquanto fala com Jaba the Hut, interagindo com ele – a cena foi filmada na altura, com o Harrison Ford a “falar para o boneco”, mas só muito depois o desenvolvimento do CGI o permitiu fazer, pelo que aparece o Jaba the Hut a falar com o Han Solo tal como idealizado…

Brittany Murphy morreu!

Acabei de ler no IMDb.pt que a actriz Brittany Murphy morreu hoje. Vejam aqui. Este tipo de situações perturbam-me sempre. Não é que a rapariga fosse excelente actriz (não quero dizer que era má), mas era muito gira (gostei particularmente dela em "8 Mile"). Era mais nova que eu dois anos. Que punha de impressão!

Já vi o Avatar!!!

Vi o Avatar no sábado passado. Fiquei deslumbrado. Desde então quero escrever aqui sobre o filme, mas ainda não consegui organizar as ideias para dizer tudo o que me apetece sobre o filme. Como me parece que nunca conseguirei estruturar as ideias da forma que me agradaria, resolvi atirar-me para a frente e escrever, sabendo, de antemão, que vai sempre parecer-me que não disse tudo o que tenho para dizer, e que o que disse o não fiz da melhor maneira.
Que se lixe!
Cá vai, com o aviso que é post para o grandinho:

1 – Optei por ver o filme em 3D. Como disse o Jorge Mourinha, «"Avatar" não precisa do 3D para nada, mas não seria nada sem ele». Ou seja, o filme é completamente assombroso, e não precisa do 3D para o ser, sê-lo-ia sempre. Mas, parece-me, a completa imersão naquele mundo fascinante que se nos apresenta só é totalmente (ou, pelo menos, mais eficazmente) conseguida com o 3D. Mas, repito, creio que isso é um pormenor, não é por aí que o filme fascina – porque fascina.

2 – Tendo a concordar com o que o Núnú (quem és tu, Núnú?) disse no comentário que fez ao meu anterior post sobre o Avatar, que não gosta de filmes com efeitos especiais. Eu também não gosto de filmes de efeitos especiais quando pretendem ser apenas isso, uma orgia de efeitos especiais sem qualquer substrato por trás – penso no “2012”, no “Armaggedon”, no “Impacto Profundo”, no “Independence Day” e em todos os filmes catástrofe que andam na moda há já algum tempo. No entanto, quando um filme usa efeitos especiais para contar mais eficazmente uma história, que vale em si mesma, venham eles. E, muitas vezes, filmes pejadinhos de efeitos conseguem disfarçar, nem se dando por ela de eles lá estarem; entre muitos outros, penso em “Forrest Gump”, em “O Estranho Caso de Benjamin Button”, em “Fight Club”, em “Os Filhos do Homem” (este mostra o parto mais bem conseguido que alguma vi em cinema), em “Braveheart”, em "A Paixão de Cristo". Depois há os filmes em que se notam os efeitos, mas que apenas são usados para contar melhor uma história de qualidade (muitos deles do James Cameron, por acaso): “O Abismo”, “Terminator 1 e 2”, “Titanic” (sim, eu adorei o “Titanic”, e acho que não gostar apenas por causa do orçamento e efeitos é in, é pseudo), "O Homem-Aranha", "Watchmen", "Batman Begins" e "Batman - The Dark Knight", “O Resgate do Soldado Ryan”, todos os “Indiana Jones”, a trilogia “Senhor dos Anéis”, a trilogia “Guerra das Estrelas” (os primeiros filmes, não esta balela que foram as prequelas), “Matrix”, “Jurassic ParK”, “Marte Ataca”, “Distrito 9” (cá puto de filmão!), "Blade Runner", "O Gladiador", entre muitos outros que poderia enunciar.
Onde quero chegar?
Pois bem, Avatar, por mais paradoxal que pareça, sendo um filme feito quase exclusivamente de efeitos especiais, NÃO é um filme de efeitos especiais. Muito rapidamente nos esquecemos que estamos a ver esses efeitos , para passarmos a achar, a ver e a sentir que estamos perante algo que existe mesmo, que é real, o planeta Pandora e toda a sua luxuriante biodiversidade. Como seria possível contar aquela história, mostrar a visão que Cameron teve há mais de 14 anos, sem ser desta forma? Podemos criticar o criador que usa as técnicas e mecanismos ao seu dispor para realizar o melhor possível a sua criação? Podemos não gostar dessa criação apenas devido aos meios utilizados para a conseguir? A minha resposta é, obviamente, não.
(Parece-me que ninguém se lembraria de criticar Peter Jackson por ter feito o Gollum, personagem riquíssimo, que é também ele “um efeito especial” do qual rapidamente nos esquecemos de ver como tal para o apreciarmos em toda a sua complexidade)

3 – Talvez não seja este o momento mais correcto, em termos de organização e sistematização deste post, para passar a falar do enredo de Avatar, mas sinto que o devo fazer já para poder continuar a escrever com a consciência tranquila de que já fiz esta parte. Não se preocupem, não vou inserir nenhum spoiler.
Logo enquanto se vê o filme, e sobretudo depois, lembramo-nos incessantemente de “Danças com Lobos”, pela história, pelo contexto físico, psicológico e da trama, pelas mensagens subjacentes. Apeteceu-me logo escrever esta ideia aqui n’O Pe(r)cebrico, julgando que ia ser muito original; pois bem, quase todas as críticas que li sobre o filme fazem esse paralelismo, pelo que não estou a dizer nada de novo. Acrescento, apenas, que, pese embora Avatar parecer quase um remake de “Danças com Lobos”, tem também um cheirinho e faz também lembrar um pouco, em certos aspectos, “O Último Samurai” e “A Missão”.
Mas será que essa aproximação ao “Danças com Lobos” prejudica o filme? Bem, se, como eu, gostaram (eu adorei) do filme de Kevin Costner, irão gostar deste (ou, como eu, adorá-lo).
Agora, a história de Avatar não é perfeita: tem as suas pontas soltas, algumas passagens bruscas, algumas coisas mal explicadas. No entanto, é suficientemente forte e bem conseguida para que esses pormenores não estraguem o filme. Este é excelente mesmo com esses defeitos.
No entanto, se vão à procura de um enredo absolutamente original e inovador, Avatar não é o vosso filme. Mas são tantos os filmes que, sendo excelentes, não são inovadores nem originais na sua história…

4 – Avatar é uma obra de arte, mais que um filme. A riqueza e o detalhe de Pandora, a imaginação que o envolve e a sua conseguida concretização são suficientes para justificar plenamente ver o filme. Como foi possível imaginar toda uma fauna e uma flora alienígenas ao mais ínfimo pormenor, desde o mais pequeno “insecto” à mais deslumbrante vegetação? Como foi possível imaginar tudo isso de forma coerente, de modo a que tudo faça sentido e encaixe perfeitamente? (Por exemplo, a maior parte da bicheza de Avatar tem 3 pares de patas e 4 olhos, o que, tendo sido uma “opção” evolutiva em Pandora, é normal que seja partilhada por muitos animais, tal como a fauna aqui na Terra partilha imensas soluções evolutivas)
Se não gostarem da história, encarem o filme como um documentário sobre natureza exótica. Avatar merece bem uma comparação com tantos e tantos filmes que deslumbram pela sua fotografia e paisagens naturais.
Sou franco, por mais que diga que o filme é belíssimo, deslumbrante, esmagador ou assombroso, sinto sempre que não consegui dizer tudo o que sinto, ainda o não consegui transmitir (reparem na quantidade de vezes que digo que Avatar é “deslumbrante”). Saí do filme com o peito a doer, esmagado de emoção, tanto que tive logo de ligar à minha gaja (fui ver o filme sozinho) e ao Espinete para poder fazer transbordar essa emoção, partilhá-la com alguém, não conseguia suportá-la sozinho.
Eu sonho muito e muito intensamente, e adoro sonhar. Avatar foi o mais próximo que alguma vez experienciei de sonhar acordado.

5 – Outra coisa que fascina em Avatar é a forma como conseguiram que personagens virtuais fossem tão realistas, tão humanos, tão expressivos ao mais pequeno pormenor – muito mais que o Gollum d’ “O Senhor dos Anéis”, e este já é o que é! O que vemos são MESMO actores a representar, e não bonecos sem alma. Vale a pena ir ao Youtube ver o making of do filme, para ver como, efectivamente, existe trabalho de representação dos actores; para além da já conhecida utilização de fatos especiais, que transmitem para o computador todos os seus movimentos, foi usado um capacete que tem uma câmara apontada directa e centradamente para o rosto dos actores, captando, assim, toda a sua representação a nível de expressões faciais. A quase totalidade das acções dos personagens do filme foram verdadeiramente representadas pelos actores (incluindo as cenas de voo). Que não haja dúvidas: Avatar não é um filme de animação!
Ora, isto coloca um problema pertinente: se um actor maquilhado e caracterizado pode ser nomeado para prémios de interpretação (e ganhá-los), não deveria o trabalho de actores que, no fundo, são também “maquilhados” e “caracterizados”, só que digitalmente, poder ser distinguido com prémios de representação? Já com o Gollum houve quem defendesse que o actor que lhe deu vida, Andy Serkis, devia ter sido nomeado para melhor actor secundário. A diferença da caracterização “normal” dos actores para esta caracterização “digital” não me parece que seja qualitativa, apenas uma questão de grau. E, uma vez que o cinema está a mudar profundamente – e Avatar mostra-o como nenhum outro filme –, não deviam começar a mudar-se os paradigmas e classificações com que se olharam os filmes até hoje?
Não tenho ainda uma resposta clara na minha cabeça, mas parece-me que é inevitável e necessário fazer esse exercício reflexivo, não apenas quanto às representações dos actores, como também no que toca à fotografia, aos cenários, etc. Se necessário for, criando novas categorias de prémios.

6 – Este ano vi pouco cinema, situação que perdura desde que sou pai. No entanto, e com essa ressalva, Avatar, apesar de ser um dos melhores, não é o melhor filme do ano (dos filmes que vi este ano, o melhor foi, de longe e sem hesitação, o “Distrito 9”, que dava todo um outro post). Mas Avatar é, sem qualquer sombra de dúvidas, o mais belo filme do ano. Gostava que fosse distinguido de alguma forma nos prémios de cinema. E, confesso, não me chocaria nem desagradaria que ganhasse o prémio de melhor filme do ano nas várias competições anuais de cinema.

7 – Uma última nota de relevo: James Cameron tem estado sempre na vanguarda das inovações qualitativas do cinema, tem sido sempre inovador, se não mesmo revolucionário. Foi-o com “O Abismo”, sobretudo na cena em que a água ganha vida, que foi precursora do T-1000 de “Terminator 2” (aquela máquina feita de metal líquido); foi-o com este mesmo “Terminator 2”, justamente no T-1000 – o seu corpo de metal líquido que se moldava e mimetizava outras formas é, ainda hoje, quase vinte anos depois, espectacular, e constituiu uma revolução que marcou uma mudança nos efeitos que veio para ficar com o uso do digital nos filmes; finalmente, também “Titanic” constituiu uma revolução na forma como o navio foi conseguido e, sobretudo, as cenas do seu naufrágio – também com este filme as “coisas” mudaram. Mas creio que nenhum desses filmes constitui uma revolução tão profunda no cinema como Avatar.

Tal como previra, sinto que não disse tudo o que queria sobre Avatar e que não consegui transmitir o que sinto neste post. Se, entretanto, me lembrar de mais alguma coisa, volto cá para postar os respectivos acrescentos.

NÃO PERCAM O FILME, CÁRÁGO!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Estou mesmo mortinho por ver este Avatar!

Estou em pulgas para ver este "Avatar" de James Cameron. Este é, para mim, um realizador que tem conseguido fascinar tecnologicamente mas mantendo um bom enredo, uma boa história por trás - penso em "Aliens" (o segundo da saga), "Terminator 2" ou mesmo "Titanic". Ou seja, Cameron não é daqueles que apenas quer mostrar uma orgia de efeitos especiais, como é o caso da maior parte dos filmes catástrofe que se têm feito (este ano, por exemplo, foi o "2012", filme - que não vi - que toda a gente me conta que é um filme sem história, ou até uma má história, que apenas quer mostrar efeitos especiais).
Deixo, para criar água na boca, a crítica de Jorge Mourinha d'O PÚBLICO de ontem:

«O novo mundo

O longamente aguardado épico 3D de James Cameron é um espantoso exercício visual onde a demiurgia ganha aos pontos à dramaturgia

Vamos começar pelo paradoxo: "Avatar" não precisa do 3D para nada, mas não seria nada sem ele. Ou seja: a história que Cameron quer contar - a redenção de um soldado humano como líder de um povo alienígena - é herdada de séculos de histórias de aventuras exóticas (veio-nos à cabeça, vá-se lá saber porquê, "As Quatro Penas Brancas"), resiste intacta a qualquer tecnologia mais ou menos avançada. É verdade que, por si só, os efeitos visuais impecáveis de "Avatar" justificariam a visão "normal". No entanto, percebemos rapidamente o que é que atraiu Cameron no uso do 3D - a possibilidade de imergir o espectador num universo ficcional, de subir ao patamar superior da criação, de ser, em suma, uma espécie de "demiurgo sofisticado", batendo a galáxia longínqua de George Lucas aos pontos no seu próprio terreno. Mas não o faz, de todo, de modo sobranceiro ou altaneiro - antes com o prazer arregalado de um contador de histórias que convida os que o rodeiam a entrar no jogo, com a entrega de um miúdo a brincar ao faz-de-conta e que quer que os outros vejam o mundo que ele está a criar e desfrutem dele como ele o faz.

É por essa "démarche" de sedução e convite que Cameron ganha "Avatar", durante as suas primeiras duas horas, como um guia turístico que leva o seu tempo a mostrar as belezas naturais de Pandora ao visitante. E, inteligência suprema, faz o espectador vê-lo através dos olhos de Jake Sully, o soldado paraplégico projectado sensorialmente num corpo geneticamente construído, misto de ADN humano e alienígena, tal como a sua história é um misto de ficção científica futurista e mito tribal primitivo, tal como o seu filme é uma combinação de imagem real tradicional e virtual "state of the art".

"Avatar" é um híbrido - e essa é a sua grande força e a sua principal fraqueza. Cameron não é o argumentista mais inventivo do mundo e nunca primou pela subtileza, pelo que a sua história parece um "megamix" de ideias recicladas de outros e melhores filmes (alguns deles até seus), sem o distanciamento meta-narrativo ou pós-moderno que a tornaria contemporânea. Ao mesmo tempo, a sua concepção psicadélico-fluorescente do povo alienígena Na''vi está demasiado próxima da visão tradicional do "bom selvagem", abraçando os lugares-comuns bocejantes de uma boa consciência ecológica que encontram o seu oposto ideal na vilania de papelão do militar mercenário. Não é preciso muito para perceber que, sim, Cameron gosta do melodrama clássico, básico, simples, e não há nada de mal nisso. Mas, no modo como tudo perde progressivamente gás em direcção a um final que se adivinha à distância, a sensação que fica é a de uma versão extra-terrestre da luta das tribos nativas contra a civilização ocidental, que abre portas e pistas que nunca mais acabam mas que fica sempre aquém do que podia ser - que nunca ganha verdadeiramente espessura para lá do arquétipo porque o realizador se distraiu com a caixa de brinquedos visual que ele próprio criou.

A verdade é que o percebemos. Raras vezes conseguimos olhar para um filme e sentir que estamos a ver qualquer coisa, outra coisa, alguma coisa que vai para lá daquilo a que estamos habituados, e que não se quer limitar a pintar quadros mas quer que esses quadros ganhem vida e nos toquem da mesma maneira que o tocaram a ele. Cameron conseguiu fazê-lo em todos os seus filmes anteriores, mas a pulsão criativa de "Avatar" é esmagadora, até mesmo alucinogénica no grau de detalhe com que todo este universo extra-terrestre é concebido, e no modo como Cameron o usa como reflexo e ressonância da história que conta. Poder-se-ia dizer que é um filme de um director artístico mais do que um realizador, mas isso é negar que Cameron sempre procurou que as suas epopeias tecnológicas tivessem uma alma humana; e, mesmo que nem tudo esteja no ponto em "Avatar", há emoção e arte e vida em Pandora. Que existiria mesmo sem o 3D, mas que, com a tecnologia, faz a diferença entre a admiração distante e a partilha.

James Cameron criou um universo dentro da sua cabeça e quis-nos convidar a visitá-lo, sem segundas intenções que não a de nos mostrar um espectáculo que nunca vimos antes. Quando foi a última vez que um cineasta nos fez um convite destes?»

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SIADAP

Os estapunhas dos coiras dos gajos* que inventaram o SIADAP podiam muito bem ir prá pita que os paroca!!!

* É fácil: foi o legislador, esse grandessíssemo camelo que só faz caca.

PS: tão púdico que eu estou

Ele dá-me pra cada uma...

Tem-me acontecido uma coisa um bocado estranha, sobretudo quando estou menos bem lá nas minhas camuecas (ou “camoecas”? Nunca sei)

Sinto que gosto tanto do Don Pimpinõ (o meu filho de quatro anos) que me comovo, mas do género de ficar mesmo com vontade de chorar ou chorar mesmo! Não sei porquê, penso nele, olho para ele, e sinto uma pena avassaladora!!!(Por exemplo, neste preciso momento estão-me a vir as lágrimas aos olhos) De quê? Pois não sei, não faço a mais pequena ideia! E é até muito estúpido, uma vez que se há miúdo de quem não há que ter pena, que viva rodeado de mimo, carinho e atenção, é ele. Ele dá-nos para cada coisa…


PS - A todo o vasto auditório d'O Pe(r)cebrico, apresento as minhas mais humildes e sinceras desculpas por ter passado tanto tempo sem aqui escrever. Prometo que é situação que não se voltará a repetir.