quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Excelente comentário a notícia d'O PÚBLICO

Vi hoje esta notícia sobre uma proposta do Procurador-Geral da República (PGR) sobre o texto legal a criar para a adopção por casais homossexuais, notícia que, lá pelo meio, fala também das opiniões do Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados. Se considero que as ideias do primeiro não deviam interferir com o debate político em curso sobre o tema, já a posição do Marinho Pinto é absolutamente inenarrável e aberrante (gosto muito de dizer "inenarrável" e "aberrante").

Dento dos comentários à notícia, o que mais gostei foi este, que transcrevo porque não sei como fazer link para ele:

«E quem lhe encomendou o sermão???
Se o PGR lêsse os documentos que são publicados pela própria Procuradoria-Geral, ficaria a saber que os casos de pedofilia em Portugal, como aliás noutros países, pouco ou nada têm que ver com os homossexuais, pois segundo as estatísticas da PJ, as crianças molestadas são em larga maioria meninas (74,8%), os pedófilos são na maior parte dos casos casados, e numa maioria dos casos são também os pais das crianças!!! Ora, estamos então perante um preconceito. E se o preconceito é "aceitável" ao abrigo do direito de opinião de um particular, torna-se criminoso quando vem da boca de um Representante da República. Idem, para o Bastonário da Ordem, que representa um colectivo que é suposto cumprir a Lei. Ora, a Lei já prevê a adopção monoparental, e se não há inconstitucionalidade no casamento, se houver restricções à adopção estaremos perante uma presunção de culpabilidade ou de risco, que é contrariada pelas estatísticas, e que constitui uma manifesta discriminação. Se não existe presunção de culpabilidade na corrupção, mesmo na presença de indícios, porque haveria de haver na adopção, baseada em meros preconceitos???»


Jorge Silva Marques, Lisboa. 20.01.2010 20:13

Muito mais há a dizer sobre o assunto, mas neste momento não tenho tempo...

3 comentários:

  1. Agora o assunto é serio!!!

    Eu acho fantástico,como em Portugal se consegue dificultar a discussão de um assunto que, à partida, é tão complicado e, ainda por cima, se misturam outros,ainda que conexos, para trazer mais desordem ao debate.

    Ainda a discussão de um diploma sobre a permissão da realização de casamento entre pessoas do mesmo sexo estava em discussão, já partidos politicos e gente de bem se "engalfinhavam" para se falar na adopção por homosexuais, quando nada disso estava em cima da mesa.

    CALMA!
    Nós, ja para falarmos sobre um problema e encontrarmos a solução para o dito é a real bagunça,então com 2 ou 3 trazidos à discussão perdemos o fio da meada!!!

    Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, meu amigos, acho que ja vem tarde!!!

    Quem somos nós, meros cidadãos para estarmos a opinar sobre se um casal de pessoas do mesmo sexo pode ou não casar? Alguém veio perguntar aos cidadãos heterosexuais?
    Acho que desde que a liberdade desses cidadãos não colida com a nossa, que mal vem ao mundo que possam registar essa união como qualquer outro cidadão? Não vejo...
    Ja pensei nas questões sociais...
    Ja pensei nas questões morais...
    Já pensei em varias coisas, no entanto nenhuma delas suficientemente válida para que a minha opinião seja diferente.
    Reparem, tal como acontece com casais heterosexuais, muitos podem não querer casar-se, mas se assim não o entenderem, terão os mesmos direitos, obrigações e garantias que qualquer outro casal, ainda que com tendência sexual diferente (se assim se pode chamar).

    Ainda que deixe a minha opinião sobre a questão da adopção, para uma proxima vez (qdo aqui no blog for levantada e discutida)não posso deixar de dizer o seguinte: não será preferível que uma criança tenha um lar e duas pessoas que a acolham,que a amem e que lhe imputem valores sociais, criando jovens conscientes e adultos instruídos, do que permanecerem em instituições, ainda que bem cuidados?

    É verdade que o inverso pode acontecer...
    Não serem bem cuidados, não serem verdadeiramente amados e não serem criados com a educação que se espera. No entanto, companheiros, não sejamos hipocritas... tudo isto pode acontecer com casais heterosexuais, até com familia de sangue!E quantas vezes!!!
    Estas crianças precisam de uma estutura familar, precisam de exemplos a seguir, precisam de amor e afecto... e isso seja homem ou mulher, casais homosexuais ou heterosexuais, creio que no amor não ha distinção...

    por aqui me fico.

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  2. Querido Núnú, vem a meus braços e deixa-me beijar-te!!! A sériod, fico muito contente de ver que tenho em ti alguém que partilha das minhas ideias e valores, pelo menos de alguns. E obrigado pela visita, que parece-me que és mesmo o único a cá vir... Abração

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  3. Ouve lá isto é muito mau!!!
    BRAÇOS?
    BEIJAR-TE?
    F...-se ainda viro!!!
    ;)
    mas sempre que posso dou ca uma saltada e se tenho tempo escrevo!!!

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