sexta-feira, 6 de novembro de 2009

WATCHMEN

Com tempo, escreverei sobre a minha recente paixão por BD, mas da boa, a maior parte das obras chamadas com mais propriedade de graphic novels (digo em inglês porque, em português, "novelas gráficas", não fica lá muito bem...)

Há muito que gosto de BD, mas esta paixão pelas GN surgiu, sobretudo, a partir do momento em que li o deslumbrante livro "WATCHMEN" (que se vende na FNAC ou on-line), de Alan Moore (textos) e David Gibbson (arte); e li-o pelo interesse que me suscitou o (excelente) filme com o mesmo nome que saiu este ano; e o interesse que me suscitou esse filme veio de toda a maluqueira no twitter à volta do filme; e, finalmente, a crítica do Filipe Homem Fonseca (um dos Cebola Mole, o que não é o Eduardo Madeira) foi o que me electrizou para o livro e o filme (podem lê-la aqui). Acreditem, o livro É uma peça de literatura!

Já antes tinha ficado bastante impressionado com as GN do Frank Miller, a série "Sin City" e o "300", as quais também conheci porque vi primeiro os filmes. A arte de Frank Miller é excelente, mas os argumentos não são excepcionais (apesar de funcionarem muito bem) - nesse campo, o Alan Moore é quase imbatível. Mas os desenhos do David Gibbson também são excelentes; a arte de Frank Miller impressiona sobretudo pela originalidade (especialmente em "Sin City", onde todas as imagens, com raríssimas excepções, são em preto e branco, mas p&b totais, ou seja, tudo preto ou tudo branco, sem lugar para o mais pequeno laivo de cinzento, o que tem resultados impressionantes).

Mas eu disse que não ia escrever agora sobre BD e já o estou a fazer. Termino apenas com a forte recomendação de que leiam e vejam "WATCHMEN" (ver primeiro o filme não estraga a surpresa de ler a seguir o livro - eu vi o filme tinha lido apenas um terço do livro -, mas é sempre mais recomendável ler este primeiro). Existe a versão original em inglês e uma tradução em "brasileiro" (claro que comprei ambas). Se puderem, leiam a inglesa, porque a experiência é muito mais gratificante. O texto é extremamente "escrever-como-se-fala", o que torna às vezes a leitura do inglês complicada; mas depressa nos habituamos, e é muito melhor do que as expressões "brasileiras" que, no mínimo, e se calhar com preconceito, irritam bastante. Mas, seja como for, leiam-no!!!

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